Entrevista: Márcio Meirelles conta novidades do Bando de Teatro Olodum
O ex-secretário também falou que não se arrepende de ter assumido a Secretaria de Cultura, entre os anos de 2007 e 2011
Emília Oliveira(emilia.oliveira@redebahia.com.br)

Para saber de todas as novidades, o iBahia conversou com Meirelles, que também é diretor teatral, cenógrafo e figurinista. Entre outras coisas, ele contou que está analisando convites para estrear "Ó Paí, Ó" no Rio de Janeiro e "Bença" em São Paulo. O ex-secretário também falou sobre novas montagens e afirma que não se arrepende de ter assumido a Secult entre os anos de 2007 e 2011. Confira!
iBahia - A história do Bando de Teatro Olodum vai virar livro?
Marcos Uzel está escrevendo o segundo volume do livro "O Teatro do Bando negro", lançado em 2003. No primeiro volume, que já está quase esgotado, foi contada a história do grupo até 2002 e essa nova obra conta de 2003 até 2011. Na verdade, iremos lançar como um livro em dois volumes, acrescentando a história gráfica e fotográfica no primeiro. A previsão é que seja publicado no início de 2012.
Marcos Uzel está escrevendo o segundo volume do livro "O Teatro do Bando negro", lançado em 2003. No primeiro volume, que já está quase esgotado, foi contada a história do grupo até 2002 e essa nova obra conta de 2003 até 2011. Na verdade, iremos lançar como um livro em dois volumes, acrescentando a história gráfica e fotográfica no primeiro. A previsão é que seja publicado no início de 2012.
iBahia - O Bando recebeu convites para estrear espetáculos em outros estados?Sim. Estamos analisando convites de estrear "Ó Paí, Ó" no Rio de Janeiro e "Bença" em São Paulo. Mas ainda não temos nada definido. Tudo vai depender do avanços das negociações.

iBahia - E em Salvador, qual a próxima montagem que o Bando vai estrear?
Vamos lançar no dia 22 de julho uma nova temporada do espetáculo Cabaré da RRRRRaça no Teatro vila Velha. Essa é uma peça que já existe há 14 anos e que tem uma resposta bem positiva do público. Ela vai ficar três semanas em cartaz.
iBahia - Mas vocês estão com algum novo projeto?Com certeza. Estamos preparando uma nova peça que vai chamar trilogiaRemix.DOC_aquartapeça. A montagem transforma a "Trilogia do Pelô" (Composta por "Essa é nossa praia", "Ó paí, Ó!" e "Bai Bai Pelô") em uma quadrilogia. É uma reflexão que faz uma remixagem das três pecas anteriores. Podemos dizer que é uma peça documentário, com depoimentos reais de pessoas que vivem e trabalham no Pelourinho. Além disso, queremos que as pessoas do Pelourinho interajam ao vivo na peça com depoimentos on line na internet.
iBahia - E qual a previsão de estreia desse espetáculo?Sou muito agoniado e às vezes digo que nasci de sete meses (risos). Queria que a estreia fosse logo, mas isso vai depender de uma maturação tecnológica do espetáculo. É um trabalho que exige muita pesquisa e ainda não sabemos quando poderemos estrear.
iBahia - Foi divulgado que a Rede Globo vai lançar a terceira temporada de "Ó Paí, Ó"...Sabemos que a Globo está cogitando uma nova temporada mesmo, mas isso ainda não está certo. O Bando interfere muito pouco nisso. O que consideramos importante é que os atores negros daqui da Bahia deixaram de ser objetos na televisão e passaram a ser sujeitos. Isso nos dá muito orgulho.
iBahia - Depois da exposição de "Ó Paí, Ó" na mídia por conta do filme e da minissérie global o público que vai assistir as peças do Bando cresceu?Não percebemos um aumento, não. É claro que o Bando ganhou uma visibilidade nacional, mas o grupo já tinha um público fiel que continua frequentando as peças e que gosta de saber o que estamos fazendo. Além disso temos atores que ganharam uma projeção como Lázaro Ramos, que sempre cita o Bando em suas entrevistas, Érico Brás e Regina Rodrigues. Com 21 anos de história, o bando deu muitos frutos e isso é ótimo.
iBahia - E para 2012, alguma novidade do Bando?Estamos repensando o bando para ele ganhar sustentabilidade. Queremos uma tranquilidade maior para que possamos ter, no início do ano, o planejamento do ano inteiro. Consideramos que isso vai ajudar muito a execução dos nossos projetos e vai dar uma tranquilidade maior para os atores, diretores e todos os envolvidos no grupo.
iBahia - Então o objetivo é tornar o Bando auto-sustentável?Sim. Acho que buscamos isso. Queremos que os integrantes do bando não passem por nenhum tipo de dificuldade, nem financeiras. E isso é importante. Agora posso me dedicar ao bando de uma forma que como secretário de cultura não conseguia.
iBahia - Foi divulgado que a Rede Globo vai lançar a terceira temporada de "Ó Paí, Ó"...Sabemos que a Globo está cogitando uma nova temporada mesmo, mas isso ainda não está certo. O Bando interfere muito pouco nisso. O que consideramos importante é que os atores negros daqui da Bahia deixaram de ser objetos na televisão e passaram a ser sujeitos. Isso nos dá muito orgulho.
iBahia - Depois da exposição de "Ó Paí, Ó" na mídia por conta do filme e da minissérie global o público que vai assistir as peças do Bando cresceu?Não percebemos um aumento, não. É claro que o Bando ganhou uma visibilidade nacional, mas o grupo já tinha um público fiel que continua frequentando as peças e que gosta de saber o que estamos fazendo. Além disso temos atores que ganharam uma projeção como Lázaro Ramos, que sempre cita o Bando em suas entrevistas, Érico Brás e Regina Rodrigues. Com 21 anos de história, o bando deu muitos frutos e isso é ótimo.
iBahia - E para 2012, alguma novidade do Bando?Estamos repensando o bando para ele ganhar sustentabilidade. Queremos uma tranquilidade maior para que possamos ter, no início do ano, o planejamento do ano inteiro. Consideramos que isso vai ajudar muito a execução dos nossos projetos e vai dar uma tranquilidade maior para os atores, diretores e todos os envolvidos no grupo.
iBahia - Então o objetivo é tornar o Bando auto-sustentável?Sim. Acho que buscamos isso. Queremos que os integrantes do bando não passem por nenhum tipo de dificuldade, nem financeiras. E isso é importante. Agora posso me dedicar ao bando de uma forma que como secretário de cultura não conseguia.

iBahia - Você se arrepende de ter deixado de lado o Márcio artista para assumir a Secretaria de Cultura?Nunca deixei de ser artista, inclusive acredito que o artista sempre esteve presente iluminando o secretário. A verdade é que tive pouco tempo para assumir atividades artísticas, mas em nenhum momento me arrependo de ter assumido a Secretaria. Sou feliz porque pude colocar a Cultura da Bahia em pauta de discussão política. Acredito que fiz uma boa gestão.
Publicada no IBahia em 06/07/2011
Também no: www.enfoquecultural.blogspot.com
ResponderExcluirPor: Alysson Andrade